O futuro da infraestrutura viária na região Leste de Mato Grosso do Sul foi definido nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025. Em leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o consórcio K&G, formado pelas empresas K-Infra e Galapagos, arrematou a concessão da chamada Rota da Celulose.
A vitória sela um compromisso de investimento total de R$ 10,1 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato, prometendo transformar a logística e a segurança nas rodovias que cortam importantes municípios, com destaque para Bataguassu e Santa Rita do Pardo.
Para Bataguassu, o projeto inclui obras estratégicas e há muito aguardadas. A concessão prevê a construção do anel viário, fundamental para desviar o tráfego pesado do centro urbano, e a duplicação do trecho da BR-267 entre a cidade e o Distrito de Nova Porto XV. Além disso, a MS-395, vital para a conexão local, também receberá melhorias significativas.
Santa Rita do Pardo também está contemplada com avanços cruciais. A rodovia MS-040, que liga o município a Campo Grande, passará por um processo de modernização. A MS-338, outra via essencial para o escoamento da produção local, igualmente faz parte do pacote de concessão.
As melhorias abrangem um total de 870,3 km da malha viária e incluem 115 km de duplicações, a implantação de acostamentos em 100% do trecho (totalizando 457 km), 245 km de terceiras faixas, além de dispositivos de segurança, passagens de fauna e serviços de apoio aos usuários como guinchos e ambulâncias.
Presente no leilão, o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), que tem forte base na região, acompanhou o certame, reforçando o apoio político ao projeto. O governador Eduardo Riedel (PSDB) celebrou o resultado, destacando que "Esta concessão vai alavancar o desenvolvimento do nosso Estado".
O consórcio K&G venceu o leilão com uma proposta que ofereceu 9% de desconto na tarifa básica de pedágio e um aporte inicial de R$ 217,3 milhões.
Com a publicação do resultado, o consórcio vencedor tem agora 60 dias para assinar o contrato. Após a formalização, terão início os procedimentos de vistoria e transição para o começo das operações e, posteriormente, das obras previstas, tudo sob a fiscalização da Agência Estadual de Regulação (Agems).