A cidade de Bataguassu encerrou o exercício financeiro de 2024 com sua situação fiscal classificada como irregular pelo Tesouro Nacional, refletindo os impactos da administração do ex-prefeito Akira Otsubo (MDB). Conforme os dados do órgão federal, o município recebeu nota C no índice de Capacidade de Pagamento (Capag), resultado de uma gestão marcada por problemas financeiros e baixa popularidade.
Akira Otsubo deixou a prefeitura em dezembro de 2024 com uma rejeição superior a 90% da população, um indicativo do descontentamento com sua administração. Entre os fatores que contribuíram para a deterioração das contas municipais, estão o aumento do endividamento, falhas na execução orçamentária e dificuldades na liquidez, comprometendo a capacidade da prefeitura de honrar compromissos financeiros.
A nota C no Capag significa que Bataguassu está impedida de obter novos empréstimos com aval da União, dificultando ainda mais a recuperação financeira do município. A atual gestão municipal precisará adotar medidas rigorosas de ajuste fiscal para equilibrar as contas e garantir a prestação de serviços essenciais à população.
Anaurilândia também enfrenta crise fiscal
Outro município do Mato Grosso do Sul que enfrenta dificuldades semelhantes é Anaurilândia, também classificada com nota C pelo Tesouro Nacional. A cidade sentiu os reflexos da administração do ex-prefeito Edinho Takazono, que, assim como Otsubo, deixou o cargo em 2024 com sérias pendências financeiras.
A falta de planejamento e gestão ineficaz resultaram em uma situação fiscal delicada, prejudicando investimentos em infraestrutura, saúde e educação. Com a avaliação negativa, Anaurilândia também encontra dificuldades para acessar recursos e financiamentos.
Um levantamento realizado pelo MS em Brasília , com dados do Tesouro Nacional de fevereiro de 2025, apontou que 55 prefeituras de Mato Grosso do Sul estão com situação fiscal irregular. Destas, 28 municípios receberam nota C na CAPAG (Capacidade de Pagamento), enquanto outros 27 não entregaram o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) ou apresentaram pendências nas informações encaminhadas ao Tesouro Nacional.
A Capag adota quatro notas para analisar a saúde fiscal dos entes nacionais: A (A+), B (B+), C e D. Para ser aprovado, o município tem que alcançar nota A ou B.
Já as avaliações C e D são consideradas reprovadas, a exemplo das prefeituras que não entregam o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) dentro do prazo. Essas aparecem com as observações “n.e” e “n.d”.
Os seguintes municípios receberam nota C na CAPAG:
Os seguintes municípios não entregaram o RGF ou apresentaram pendências:
Por outro lado, diversas cidades de Mato Grosso do Sul conseguiram manter a regularidade fiscal e obtiveram notas A , A+ , B ou B+ na CAPAG.